sexta-feira, 29 de junho de 2012

Taxa de juros do consignado recua entre abril e maio deste ano, revela BC


A taxa de juros cobrada pelos bancos nos empréstimos consignados mostrou redução entre abril e maio deste ano, ao passar de 1,94% no quarto mês do ano para 1,86% em maio deste ano.
Segundo a Nota de Política Monetária e Operações de Crédito, divulgada pelo Banco Central nesta terça-feira (26), em maio deste ano, o volume total de crédito consignado alcançou R$ 172,337 bilhões, o que representa um avanço de 17,6% frente a maio de 2011 e de 2,2% frente ao mês anterior.
Quanto à participação do consignado no total de crédito pessoal, ela ficou em 58,7% em maio deste ano, praticamente a mesma observada em abril deste ano.
Taxas mais atrativasOs empréstimos consignados são aqueles cujas parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento dos tomadores. Por isso, o risco de inadimplência é menor, o que permite a cobrança de juros mais baixos em relação às demais taxas praticadas no mercado nas linhas de crédito pessoal tradicionais.
Essa afirmação fica evidente, ao analisarmos os dados da tabela abaixo, onde está a comparação da taxa de juros mensal cobrada nas operações de crédito consignado com as outras operações de crédito pessoal: 
Taxa de juros
(% ao mês)
Maio / 2011Abril / 12Maio / 12
Consignado2,081,941,86
Crédito pessoal (outros)3,423,132,93

Consumidor trocou cheque especial por consignado em maio, diz BC


Os dados dos novos empréstimos realizados em maio mostram que o consumidor está migrando de modalidades de financiamento com juros mais elevados para categorias com taxas menores, afirmou nesta terça-feira (26) o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, na divulgação de relatório sobre crédito no país em maio.
Em média, os empréstimos do cheque especial (taxa de juros média de 169,5% ao ano) caíram de R$ 1,3 bilhão por dia em abril para R$ 1,2 bilhão por dia no mês passado.
Já os empréstimos do crédito pessoal (taxa de juros média de 41,4% ao ano) cresceram de R$ 804 milhões por dia para R$ 843 milhões, com destaque para o crédito consignado em folha de pagamento.
"Maio foi um mês em que o custo do crédito esteve mais em evidência, o noticiário abordou bastante o tema", disse Maciel. "Os dados sugerem que esse cenário estimulou o consumidor a trocar o crédito mais caro pelo de menor custo, renegociando seus débitos".
INADIMPLÊNCIA
A inadimplência dos consumidores voltou a subir em maio. Os dados do BC mostram que 8% dos empréstimos a pessoas físicas apresentam atraso no pagamento superior a 90 dias, acima dos 7,8% registrados em abril. No caso da inadimplência das empresas, o percentual se manteve em 4,1% no mês passado.
A inadimplência geral (pessoa física e pessoa jurídica) foi de 6% em maio --a maior da história (da série iniciada em junho de 2000). Já a inadimplência a pessoa física é a maior desde maio de 2009.
Os calotes cresceram na categoria financiamento de veículos (de 5,9% para 6,1%), cheque especial (de 10,1% para 11,3%), crédito pessoal (de 5,6% para 5,7%) e aquisição de bens (de 13,5% para 13,9%).
Apesar desse cenário de alta do calote, as taxas de juros cobradas do consumidor continuaram em queda. A taxa média para pessoas físicas no mês passado caiu de 41,8% ao ano para 38,8% ao ano. No caso dos financiamentos para pessoas jurídicas, a queda foi de 26,3% para 25%.
"[A inadimplência] manteve-se no patamar mais elevado da nossa série, influenciado pela inadimplência de pessoa física, em particular veículos. Isso acontece por conta do segundo semestre de 2010. Tivemos naquele período expansão bastante pronunciada, prazo médio dessas operações era de em média quatro anos, e isso ainda repercute na carteira de crédito", ressaltou Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central.
O BC informou ainda que o spread bancário-- que é a diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e a taxa cobrada dos consumidores-- atingiu 24,7 pontos percentuais em maio, ante 26,3 pontos no mês anterior.
Os bancos públicos tiveram sua participação elevada no total de crédito em 0,4 p.p. no mês, atingindo 44,6%. Já a participação das instituições privadas nacionais e estrangeiras recuou 0,2%, situando-se em 38,4% e 17%, respectivamente.
O volume de crédito (por meio de empréstimos e financiamentos) no mês de maio foi de R$ 767 bilhões, com avanço de 1,7%. Segundo relatório do BC, a relação do crédito com o PIB alcançou 50,1%, ante 49,6% em abril último e 45,7% em maio do ano anterior.
"O mercado de crédito em maio evoluiu de forma favorável, em ritmo mais acentuado do que no início do ano. Observamos uma retomada gradual do crédito depois de período de arrefecimento." Para Maciel, o custo do crédito tem influência nessa dinâmica. "Em maio essa queda foi pronunciada. Não víamos quedas mensais dessa ordem desde 2003. Atingimos neste mês o piso das nossas taxas históricas."

Fonte: O Documento

Consignado se destaca na hora de troca do crédito bancário, mostra BC


Volume do crédito consignado sobe 30% em maio, a maior expansão de PF. Juro desta linha de crédito é um dos menores do mercado brasileiro.


As novas concessões do crédito consignado, ou seja, da linha de financiamento com desconto na folha de pagamentos, cresceram 30,8% em maio deste ano, informou nesta terça-feira (26) o Banco Central.
No mês passado, o volume total deste crédito somou R$ 172 bilhões. Em doze meses até maio, o crescimento do crédito foi maior ainda: 44,2%.
Os dados do Banco Centram mostram que os clientes bancários estão trocando linhas mais caras por outras com juros menores, uma vez que o crédito consignado é uma das linhas mais baratas no Brasil para as pessoas físicas.
Os juros médios destas operações somam 24,7% ao ano, contra 41,4% da linha de "crédito pessoal" e 169,5% ao ano no caso do cheque especial. O valor dos juros do crédito com desconto em folha só não ficou menor do que a linha para compra de veículos por pessoas físicas (23,4% ao ano em maio).
Maior expansão
Segundo o BC, a expansão do crédito com desconto em folha, no mês de maio, foi a maior de todas as operações bancárias com pessoas físicas. As concessões do cheque especial subiram 2,7% no mês passado, enquanto que as do crédito pessoal avançarou 15,3% e as concesssões do financiamento imobiliário cresceram 24,6%. O crédito para aquisição de veículos, por sua vez, subiu 13% em maio.
Fonte: Globo.com